A menina é de
Boa Ventura, filha de uma dona de casa e de um tecelão. Ela foi atendida
em um posto de saúde da cidade na manhã desta quinta-feira, 15. Ao
notar hematomas e um sangramento vaginal na criança, que nasceu há uma
semana, a médica Rayane Torres imaginou que pudesse se tratar de
violência sexual e recomendou que a polícia averiguasse o caso e
encaminhasse a criança a exame sexológico.
O
Conselho Tutelar e o destacamento da Polícia Militar foram acionados e a
criança encaminhada junto com uma tia e o pai para a delegacia de
Itaporanga. Como a mãe está cirurgiada, não pode acompanhar o
procedimento policial, conforme apurou a Folha.
O
delegado regional Glêberson Fernandes encaminhou a menina para exame
sexológico em Patos e aguarda o resultado, que deve sair em alguns dias,
mas ele ouviu o pai e a tia da criança como declarantes. Eles disseram
que, desde o nascimento, a criança apresenta uma secreção vaginal e
chegou a ser levada a uma farmácia por falta de médico na cidade, mas
foram informados pela farmacêutica que aquilo era normal e, com o tempo,
desapareceria. Também disseram que a bebê não sofreu pancada e a tia
informou ainda que a criança não teve contato com gente de fora.
Segundo
ainda informações dos familiares, depois da secreção, veio o
sangramento, e a tia da criança resolveu levá-la ao posto de saúde assim
que soube que havia médico no local. Para o delegado, o sangramento
pode ser proveniente de uma doença, mas, segundo ele, a médica agiu
corretamente ao orientar que o caso fosse levado ao conhecimento da
polícia. Ela e as enfermeiras do posto também prestaram depoimento.
Sendo, como tudo leva a crer, uma enfermidade, a família espera que o
poder público garanta o tratamento da recém-nascida.
@folhadosertao
com folhadovali
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