
Quem
bebe da água do Jatobá não esquece Patos”. Esse ditado popular mostra a
grandiosidade e referência histórica que tem o açude do Jatobá para o
povo da cidade. O Jatobá, que já foi o principal açude no abastecimento
da cidade de Patos, teve sua construção em 1952 no governo de José
Américo e sangrou pela primeira vez no dia 25 de março de 1960. Na
época, o prefeito da cidade era Darcílio Wanderley que comemorou com os
patoenses o momento de alegria.
O
açude do Jatobá se encontra completamente abandonado pelas entidades
públicas que o administram. Sendo a principal dessas entidades, o
Departamento Nacional de Obras Contra a Seca – DNOCS, órgão ligado ao
Governo Federal.
A
capacidade de armazenamento de água do açude do Jatobá é de 17 milhões
de metros cúbicos, mas de acordo com o diretor da Companhia de Água e
Esgotos do Estado da Paraíba – CAGEPA /Regional das Espinharas, Maciel
Damacena, o açude está com 5% desse total. Esse fato se deve ao
assoreamento visível do manancial e a forte estiagem de chuvas na
região.
Os
bancos de areia e barro que se formam, transformando-se em pequenas
ilhas são localizados em diversos pontos do açude. Dessa forma
demonstram o quando está aterrado e que se faz necessário medidas
urgentes para o desassoreamento. Com a capacidade de armazenamento de
água comprometida e passando por abandono há vários anos, essa seria uma
oportunidade de limpeza e melhoria no açude do Jatobá por parte das
autoridades tendo em vista o pouco volume de água.
Outro
local bastante danificado é o chamado balde que represa a água do
açude. O balde também serve de estrada para inúmeros sítios, cidades e
localidades dos redores da Barragem da Farinha. Essa pare do açude está
baixo, sem iluminação e com problemas de infiltração que são notados em
período de cheia.
De
acordo com pessoas que lamentam o momento vivido pelo açude Jatobá,
essa seria a hora propícia para os representantes políticos se
mobilizarem e cobrarem do governo federal medidas para recuperação desse
patrimônio do povo da cidade de Patos. Uma dessas pessoas é o pescador
Francisco de Lucena, conhecido como Neto Pescado, 65 anos. A reportagem
conversou com Neto enquanto o mesmo retirava peixes de sua rede.
@folhadosertao/ Patos Online
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