quinta-feira, 16 de maio de 2013

Autoridades fecham o cerco contra organizadas de Campina Grande Torcidas terão que cadastrar seus membros e Galo x Raposa, pela semifinal do Paraibano, só vai acontecer se clubes instalarem câmeras no Amigão


Tenente-coronel Souza Neto, comandante da Polícia Militar em Campina Grande (Foto: Nicolau de Castro / Jornal da Paraíba)
Comandante da PM em Campina, o tenente-coronel
Souza Neto defende a extinção das organizadas
As partidas entre Campinense e Treze, em uma das semifinais do Campeonato Paraibano, só vão acontecer se os dois clubes providenciarem monitoramento dos torcedores através de câmeras de vídeo no Estádio Amigão. Além desta medida, tomada durante reunião realizada na tarde desta quarta-feira na sede do Ministério Público da Paraíba (MPPB) em Campina Grande, ficaram definidas também ações mais rígidas contra as torcidas organizadas. Tudo isto visa coibir práticas criminosas como as que aconteceram no último domingo, quando os dois times se enfrentaram em partida válida pela 12ª rodada do Estadual, que servia apenas para cumprir tabela.

O comandante da Polícia Militar de Campina Grande, tenente-coronel Souza Neto, esteve na reunião no MP e explicou que o monitoramento por vídeo deve abranger três áreas específicas do Estádio Amigão já nos jogos da próxima semana entre Campinense e Treze.

- Os clubes terão que colocar câmeras monitorando os torcedores na entrada, nas arquibancadas e nos arredores do estádio. Quem for identificado comentendo algum delito será retirado do campo e levado imediatamente à delegacia para ser enquadrado no artigo específico do Código Penal.
Souza Neto ainda destacou que as organizadas estão temporariamente proibidas de comparecerem aos estádios. Elas só serão novamente aceitas em praças esportivas de Campina Grande depois de fazerem um cadastramento de todos os seus membros e encaminharem tudo para o Ministério Público do Estado.
- As próprias torcidas têm que realizar o cadastramento de seus integrantes. O cadastro tem que ser encaminhado ao Ministério Público, que repassa para nós (Polícia Militar).
Assim, de acordo com o comandante da PM, os torcedores não poderão ir ao Amigão com camisas, bonés, bandeiras ou quaisquer objetos que identifiquem torcidas organizadas. Os torcedores também não serão escoltados, como era comum acontecer, e grupos de 40 ou 50 pessoas serão sempre dispersados pela PM.
Torcedor briga Treze e Campinense (Foto: Magnus Menezes / Jornal da Paraíba)
Terminal de Integração de passageiros em CG foi
parcialmente destruído em confronto de torcidas
A gota d'água
Os crimes cometidos no último domingo funcionaram como um estopim para que o tenente-coronel Souza Neto comprasse a causa, inclusive, da extinção das torcidas organizadas. Horas antes do confronto entre Treze e Campinense, no Amigão, torcedores dos dois times se enfrentaram em uma rua próxima ao estádio e três ficaram feridos, um deles um jovem de 18 anos, que deve ficar paraplégico por causa de uma facada nas costas.
No mesmo dia, depois do jogo, a Polícia Militar registrou outra briga entre as duas torcidas, dessa vez no Terminal de Integração de passageiros de Campina Grande. Um ônibus que chegou com algumas pessoas que vinham do Amigão acabou sendo apedrejado pelos rivais, que aguardavam no local.
Os próximos confrontos entre Campinense e Treze estão marcados para terça e sexta-feira da semana que vem. Os dois times vão decidir, nesses dois jogos, quem segue para a final do Campeonato Paraibano.
Torcedor briga Treze e Campinense (Foto: Magnus Menezes / Jornal da Paraíba)Torcedor fica ferido em confronto entre torcidas e recebe atendimento do Corpo de Bombeiros
 
G1PB
 

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