Dando
um verdadeiro xeque mate nas articulações políticas que propiciaram a
eleição do seu irmão Ronaldo Cunha Lima Filho do PSDB, como futuro
vice-prefeito de Campina Grande, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB),
revelou em entrevista detalhes da não aceitação dos seus três filhos na
vida político partidária.
Cássio contou que a
filiação de ‘Ronaldinho’ ao ninho tucano contou com a chancela e as
‘bênçãos’ do líder maior da família o poeta Ronaldo Cunha Lima (in
memória)
Fazendo uma narrativa bastante
esclarecedora, o senador paraibano contou detalhes da filiação de
Ronaldinho aos quadros do PSDB e salientou que na ocasião pensou em
promover uma festa para comemorar o ingresso do irmão na vida
partidária, tese que foi abortada por problemas que não soube definir
com precisão.
“Eu disse mano, vamos filiar!
Porque eu acho que talvez seja preciso uma participação sua. Então ele
cumpriu o requisito, de forma discreta, silenciosa, não foi escondido,
nós tínhamos inclusive imaginado uma solenidade para registra a entrada
dele no PSDB e não houve, pois houve uma razão especifica que não me
lembro qual foi, teve uma razão um fato vinculado ao estado de saúde do
poeta, mas houve um fato que tínhamos marcado uma determinada data e não
foi possível fazer uma festa de boas vindas a ele ao PSDB, o fato é que
ele se filiou sem maiores alardes, portanto passou a estar apto para
disputar o pleito”, recaptulou o líder tucano.
FILHOS:
Relatando bastidores da política de uma maneira cronológica, Cássio
contou detalhes da não aceitação por parte dos seus três filhos nas
eleições 2012. Inicialmente Cunha Lima falou do seu filho mais velho.
“Havia
aquela discussão sobre a candidatura de Diogo a prefeito e se usou essa
possível candidatura de Diogo, meu filho mais velho, como fator
inclusive de desestabilização da candidatura de Romero, quando ainda
conversei com Romero e lhe disse: Diogo não pretende ser candidato, o
nosso candidato é você, vamos construir as alianças e toca-lá. Para
nossa alegria Diogo aparecia bem nas pesquisas, porém Diogo tinha um
outro projeto e optou na vida dele neste instante, um projeto no campo
empresarial que acho correto na condição de pai”, explicou Cássio
Dando
sequencia ao raciocínio, o senador falou das especulações sobre a
participação de Pedro Cunha Lima na disputa em Campina.
“Depois
o próprio nome de Pedro passou a ser lembrado, o meu filho caçula, não
como candidato a prefeito, mas como a possibilidade de vice, ele disse: o
meu projeto é terminar meu curso depois fazer um mestrado e um
doutorado. Pedro já fez OAB e passou no exame da ordem, pensando agora
em seguir os estudos dele e trabalhar. Quando Pedro também disse que
não, até Marcela foi lembrada então, eu disse: “Vai Marcela, que riu
muito está tocando a vida dela ao lado do esposo que é uma pessoa muito
querida”, argumentou o pai coruja.
Agindo por
eliminação, Cássio que já havia articulado a filiação de Ronaldo Filho,
deu a cartada de mestre nas eleições na Rainha da Borborema. Indicação
que contou com o aval do poeta Ronaldo Cunha Lima:
“Ai
tinha Ronaldinho, que ninguém tava falando e de certa forma, com
habilidade fizemos uma ação para não chamar a atenção para ele e que é
mais bacana nisso tudo o poeta participou dessa decisão, ele em vida
conversei com meu pai, meu abençou o nome do filho para que ele pudesse
entrar na vida pública”, revelou.
Articulações
detalhadas pelo PB Agora, que evidenciam uma estratégia onde pela
primeira vez na história política da Paraíba, um vice-prefeito foi tão
determinante na vitória da mais politizada cidade do nosso Estado.
Cunha
Lima mostrou mais uma vez ser um grande articulador político, fazendo
valer a uma tese: “A autoanálise ao longo do processo é o segredo do
êxito”.
Fonte: pbagora
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