Querendo eleger parente,família nega que intenção é se perpetuar no poder

 A família do ex-prefeito de Soledade Ivanildo Gouveia (PR) negou, na noite desta quinta-feira (8), que \ intenção de disputar sucessivas eleições seja o de se perpetuar no poder. Desta vez, a candidata da família  é a esposa do ex-prefeito, Vânia Leal (PMDB), na eleição suplementar agendada para 1º de setembro. Os argumentos são do secretário de Saúde do município, e irmão de Ivanildo, Ivanilson Gouveia (PMDB). A justificativa é que, apesar de aliado, o último prefeito, Zé Bento (PT), cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral, não tem parentesco com os ‘Gouveias’ da cidade.

Para se livrar das acusações de hereditariedade política, Ivanilson usou Campina Grande como mote para fugir do foco do noticiário. “Que pecado tem Cássio lançar o primo como prefeito e o irmão como vice em Campina Grande? A população é que tem que julgar”, argumentou.

Sobre a saída do seu irmão da prefeitura, Ivanilson disse que Ivanildo foi tirado do mandato “por uma coisa fútil”, na época em que era presidente da Câmara Municipal. Acontece que o ex-prefeito locou uma moto, em 1989, pagando durante o contrato cerca de R$ 800,00 pela locação sendo condenado, segundo Ivanilson, em revelia por falha da assessoria jurídica.

Zé Bento (PT), o último prefeito, foi cassado no TRE acusado de usar a máquina administrativa em seu favor. Ele teria participado de inauguração no estádio da cidade, mas o secretário de Saúde nega, afirmando que Zé Bento se limitou a assistir um jogo, sem participar do ato solene durante a eleição.

Sobre supostas irregularidade na administração, Ivanilson encaminhou uma nota a redação do MaisPB.

O ex-prefeito Ivanildo e o atual secretário de saúde de Soledade, Ivanilson Gouveia não serão obrigados a devolver recursos aos cofres públicos, uma vez que não houve qualquer desvio na administração pública municipal durante a gestão do Prefeito Ivanildo. Ambos já apresentaram defesa para reformar a decisão do Tribunal de Contas da Paraíba (TCE). Alguém já dizia “A injustiça, mesmo quando atinge um só, é uma ameaça contra todos”. E por assim dizer, abre um perigoso precedente, que poderá causar danos a outros no futuro, da mesma maneira que uma conquista justa é um precedente que fundamenta outras vitórias futuras. Os ex - gestores tiveram contas reprovadas pelo TCE quando dos julgamentos referente à celebração de contratos de parceria entre a Prefeitura de Soledade e algumas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)no período compreendido entre o ano de 2006 e 2008. Tomadas de Contas Especial Foi protocolado no Tribunal de Contas da Paraíba (TCE) no mês de agosto, o Processo de Tomadas de Contas Especial (TCE) interposto contra as entidades OSCIP’S que firmaram Termos de Parceria com o município de Soledade nos exercícios de 2006, 2007, 2008, 2009. Na TCE é requerido que a Corte de Contas proceda à fase externa dos processos referentes aos Termos de Parceria celebrados com as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP’S. No documento a Prefeitura demonstra que os gestores não deixaram de envidar esforços no sentido de sanar a irregularidade apontada, ordenando a realização de Tomada de Contas que resultou em notificações às OSCP’S, a fim de que fossem ressarcidos ao município os prejuízos causados ao erário. O município de Soledade solicita ao TCE a exclusão do ex - prefeito José Ivanildo Barros Gouveia e o ex – gestor do Fundo Municipal de Saúde, José Ivanilson Barros Gouveia do rol da imputação solidária referente ao débito das OSCIP’S, para que este passe a ser imposto, unicamente, aos presidentes das entidades, conforme o TCE procedeu em caso semelhante no município de Patos. O ex - prefeito José Ivanildo Barros Gouveia e o Secretário de Saúde Ivanilson Gouveia, esperam que ante os argumentos mencionados na TCE, o Tribunal venha considerar sanada a irregularidade e que, por conseguinte, possa emitir parecer favorável às contas por considerar as situações jurídicas idênticas em Patos e em Soledade.



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