
A taxa de mortalidade infantil na Paraíba, nas três últimas décadas, alcançou a maior queda do país.
Saiu
da triste estatística de 117,1 crianças mortas antes de completarem um
ano de vida, para cada mil nascidas vivas, em 1980, para o patamar de
22,9, em 2010. Comparando os dois índices, deixaram de morrer 94,2
crianças menores de um ano a cada mil nascidos vivos, representando um
declínio nos níveis de mortalidade infantil de 80,44%.
A
Paraíba ainda apresentou a quarta menor taxa de mortalidade infantil. O
Estado ficou com indicador superior ao de Pernambuco (18,5 crianças
mortas a cada mil), Ceará (19,7) e Sergipe (22,6).
Os
números são referentes ao levantamento “Tábuas de Mortalidade por Sexo e
Idade” de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), divulgado na última sexta-feira.
Segundo
o levantamento do IBGE, no Brasil, em 1980, ocorriam 69,1 óbitos de
crianças menores de um ano de idade para cada mil nascidos vivos;
chegando a 16,7 óbitos 30 anos depois. Neste período deixaram de morrer
52 crianças menores de um ano de vida para mil nascidos vivos,
representando um declínio nos níveis de mortalidade infantil de 75,8%.
Segundo
o IBGE, entre os fatores que contribuíram para a queda da mortalidade
infantil, destacam-se: o aumento da escolaridade feminina, a elevação do
percentual de residências com saneamento básico adequado (esgotamento
sanitário, água potável e coleta de lixo), a diminuição da desnutrição
infanto-juvenil e um maior acesso da população aos serviços de saúde, o
que proporciona uma melhoria na qualidade do atendimento pré-natal e
durante os primeiros anos de vida das crianças.
Também
foram citadas ações diretamente realizadas no intuito de reduzir a
mortalidade infantil, como campanhas de vacinação, atenção ao pré-natal,
incentivo ao aleitamento materno, entre outras.
De
acordo com o secretário de Estado da Saúde, Waldson Dias de Souza,
aproximadamente 94% das famílias paraibanas estão cobertas pelo programa
Saúde da Família. Segundo ele, o atendimento e cuidado pediátrico está
presente em quase todas as regiões do Estado.
Já
a gerente executiva de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde
(SES) Patrícia Assunção lembrou que várias ações são desenvolvidas
voltadas para a atenção à saúde da criança. “Com relação à atenção
integral à saúde da criança, a SES tem uma equipe específica que
acompanha essa pauta e, sobretudo, faz o acompanhamento por dentro das
redes de cuidados. Junto ao Conselho de Secretários Municipais de Saúde
(Cosems), a SES instituiu quatro regiões prioritárias para o programa
Rede Cegonha: região de Cajazeiras, Patos, Campina Grande e João Pessoa.
Os investimentos nessas quatro regiões atendem às necessidades
relacionadas ao cuidado e atenção à saúde da criança, por isso estamos
fortalecendo esse cuidado e atenção através das próprias redes de
cuidado, junto com o Ministério da Saúde. A SES dá todo um suporte e o
Ministério da Saúde disponibiliza os recursos direto para a Atenção
Básica dos municípios”, explicou.
Ainda
segundo a gerente de saúde, é importante lembrar de projetos como banco
de leite, apoio à alimentação e nutrição e círculo do coração, que vêm a
melhorar a expectativa de vida, além de reduzir a mortalidade materna e
infantil no Estado.
MP QUER ASSISTÊNCIA A CRIANÇAS DAS RUAS
A
Promotoria de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente de Campina
Grande requisitou ontem à Secretaria Municipal de Assistência Social
(Semas) ações imediatas de resgate social de meninos e meninas que se
encontram nas ruas do Centro de Campina Grande, no Terminal de
Integração e em outros espaços públicos da cidade, mendigando e fazendo
uso de substâncias psico-ativas.
Segundo
o promotor Herbert Targino, em Campina existem cerca de 55 crianças que
precisam ser retiradas da rua e colocadas em um abrigo, onde possam
receber uma assistência adequada. O representante do Ministério Público
ressaltou que foi dado um prazo de 10 dias para que a Semas tome as
providências necessárias para a retirada destas crianças das ruas.
A
reportagem do referido Jornal tentou contato com o secretário João
Dantas para saber as medidas a serem adotadas pela Semas, mas, até o
fechamento desta edição, não obteve resposta.
@folhadosertao
com jornaldaparaiba
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