Conjunto de
cidades do estado solicitou 209 médicos para atuar em suas unidades
básicas. No Brasil todo, 3.511 municípios se inscreveram e apresentaram
demanda para 15.460 profissionais
O
programa Mais Médicos para o Brasil encerrou, à meia-noite desta
quinta-feira (25), seu primeiro mês de inscrições com a adesão de 90
municípios da Paraíba, que equivalem a 40% do total de prefeituras do
estado. Juntas, estas cidades apresentaram demanda e capacidade para
terem 209 médicos atuando na atenção básica. O segundo mês de adesão
terá início no dia 15 de agosto.
No
Brasil todo, 3.511 municípios se inscreveram no Programa, o
correspondente a 63% do total de prefeituras no Brasil e a 92% das
consideradas prioritárias. Ao todo, as cidades cadastradas solicitaram
15.460 médicos para atuar na sua atenção básica.
O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a forte mobilização de
estados e municípios, em especial daqueles situados em áreas
prioritárias. “Chamo a atenção para o fato de que nenhuma região teve
índice de adesão menor do que 55%. Em especial, ressalto o bom resultado
do Norte do país, em alguns estados mais de 90% dos municípios se
inscreveram. Com esse mapeamento, teremos mais clareza do esforço que
deveremos fazer para atender à população onde faltam médicos no Brasil”,
declarou o ministro.
Padilha
destacou ainda o aumento da demanda por médicos no país do início do
ano para cá. “Não só faltam médicos na atenção básica como cresceu a
demanda. Pela chamada do Provab, realizada no início do ano, tínhamos 9
mil vagas. Em 15 dias de inscrições no programa, os municípios mostram
que há mais de 15 mil vagas. Ou seja, os dados da adesão mostram que
faltam médicos no Brasil e que a carência desses profissionais aumentou
desde o início do ano”. O Programa de Valorização da Atenção Básica
(Provab), criado pelo Ministério da Saúde em 2011, estimula médicos a
atuarem na atenção básica do país.
Entre
os municípios inscritos, 92% já acessaram recursos federais para
melhorar a infraestrutura das suas unidades básicas de saúde e 90%
participam de ações do Ministério da Saúde para melhorar a qualidade do
atendimento prestado.
A
região Norte teve a maior participação de seus municípios (73%),
seguida de Sul (68%), Nordeste (66%), Centro-Oeste (60%) e Sudeste
(55%). Entre os estados, destacam-se o Amazonas (97%), Amapá (94%), Acre
(86%), Rondônia (85%), Ceará (82%), Roraima (80%), Bahia (76%), Piauí
(74%), Pará (73%), Paraná (72%) e Espírito Santo (71%).
Todos
os profissionais serão avaliados e supervisionados por universidades
federais. Nesta primeira etapa, 41 instituições, de todas as regiões do
País, se inscreveram no Mais Médicos.
MÉDICOS -
Desde o lançamento do edital, em nove de julho, 18.450 médicos se
inscreveram no programa. Neste universo, os filtros estabelecidos pelo
Ministério da Saúde para evitar inscrições de quem não tinha real
interesse em atender a população de municípios do interior e da
periferia das grandes cidades identificaram 8.307 pedidos de
participação com números inválidos de registro em conselhos regionais de
Medicina (CRMs).
Também
foi apontada a inscrição de 1.270 médicos residentes, que terão de
formalizar o desligamento de seus programas de especialização antes de
homologar sua participação no Mais Médicos.
Todos
os médicos brasileiros têm até a meia-noite de domingo para sanar
eventuais inconsistências e concluir, por meio do portal
www.saude.gov.br, a entrega de documentos. Eles também terão de indicar
seis opções de cidades, entre as 3.511 participantes, onde desejam
trabalhar.
Nesta
lista, eles apontarão, em ordem de preferência, uma opção entre cada
dos seguintes grupos: capital; município de região metropolitana; bloco
de 100 municípios de maior vulnerabilidade social; cidades cujo índice
de extrema pobreza supera 20% de sua população; e distritos sanitários
indígenas. A sexta opção estrará entre as cidades que não estão nestes
perfis.
Como
definido desde o lançamento do Mais Médicos, os brasileiros terão
prioridade no preenchimentos dos postos apontados. Os remanescentes
serão oferecidos a primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e
em seguida aos estrangeiros. Entre os 18.450 profissionais inscritos,
1.920 se formaram no exterior, em 61 países distintos.
Em
1º de agosto, será divulgada a relação de médicos com CRM válido no
Brasil e a indicação do município designado para cada profissional. Os
profissionais terão de homologar a participação e assinar um termo de
compromisso até três de agosto. Dois dias depois, as escolhas serão
publicadas no Diário Oficial da União.
SOBRE O PROGRAMA-
Lançado pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 8 de
julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do
atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivo
de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades
de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país,
como os municípios do interior e as periferias das grandes cidades.
Os
médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo
Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em
Atenção Básica durante os três anos do programa.
O
Governo Federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e
na melhora da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$
7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas.
Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação de
unidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais
universitários.
Somente
na Paraíba, já foram investidos R$ 87,4 milhões para obras em 571
unidades de saúde e R$ 81,5 milhões para compra de equipamentos para 158
unidades. Também foram aplicados R$ 22,2 milhões para construção de 14
UPAs e R$ 41,3 milhões para reforma/construção de 16 hospitais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário