terça-feira, 23 de julho de 2013

Bicampeão mundial, Djalma Santos morre aos 84 anos em Uberaba


Com a camisa do Palmeiras, Djalma Santos posa para foto em 1957
O ex-lateral direito Djalma Santos, bicampeão mundial com a seleção brasileira em 1958 e 1962 não resistiu ao quadro crítico apresentado e morreu na noite desta terça-feira no hospital Helio Angotti, em Uberaba, em Minas: "O Hospital Dr. Hélio Angotti comunica, com pesar, o falecimento do bicampeão mundial de futebol Dejalma dos Santos (Djalma Santos), em decorrência de uma pneumonia grave e instabilidade hemodinâmica culminando com parada cardiorrespiratória e óbito às 19h30",

O ex-jogador da seleção foi internado pela primeira vez em 30 de junho, pouco depois da vitória do Brasil contra a Espanha, 3 a 0, pela Copa das Confederações.
Djalma Santos passou mal, com dificuldade respiratória. Foi diagnosticado pneumonia. Ele chegou a respirar com ajuda de aparelhos. Seu estado de saúde melhorou semanas depois.
Bicampeão mundial pelo Brasil em 1958 e 62, Djalma, de 84 anos, defendeu Atlético-PR, Portuguesa e Palmeiras, clube pelo qual atuou em mais de 400 jogos.

O Palmeiras comunicou por intermérdio da assessoria de imprensa que prepara uma homenagem ao ex-jogador. Recentemente, os jogadores do time entraram em campo para o duelo contra o Oeste com camisas com a mensagem: “Forza, Djalma Santos”.
 Djalma Santos queria mesmo era ser piloto de avião. Já o pai, soldado da antiga Força Pública paulista, preferia que ele seguisse a carreira militar. Até que um dia, vendo o filho jogar no Internacional (um clube de várzea do bairro paulistano da Parada Inglesa), convenceu-se de que o destino dele era outro. Djalma Santos havia nascido para ser jogador de futebol.

Djalma chegou a fazer testes no Ypiranga e no Corinthians. Mas os horários dos treinos eram incompatíveis com o do seu trabalho como sapateiro. Só ficou na Portuguesa porque o patrão concordou que ele trabalhasse à noite, para compensar as horas perdidas no clube.

No início, Djalma era chamado apenas de Santos e jogava na Lusa de centro-médio (o volante dos dias atuais). Em agosto de 1949, porém, o clube contratou outro jogador para a posição, Brandãozinho, da Portuguesa Santista, na maior transação da época. E Djalma Santos passou para a posição em que se consagraria definitivamente, a lateral-direita.

Foi titular em apenas uma partida na Copa de 1958 - a final, contra os donos da casa, vencida pelo Brasil por 5 a 2 - substituindo De Sordi, que passara mal. O suficiente para ser considerado o melhor jogador da posição. Na Copa seguinte, Djalma Santos se sagraria bicampeão mundial. Jogaria mais uma Copa, a da Inglaterra, em 1966. Pela seleção brasileira, foram 114 apresentações.

Uma de suas jogadas características era a cobrança dos arremessos laterais com força, para dentro da área, onde havia sempre um companheiro em boa posição para o arremate. Pela Portuguesa, Djalma ganhou os Torneios Rio-São Paulo de 1952 e 1955. Foram 453 jogos entre agosto de 1948 e maio de 1959, quando se transferiu para o Palmeiras.

No Palmeiras, Djalma Santos também jogou quase dez anos - 491 partidas e dez gols -, ganhando três títulos paulistas. Quando se preparava para encerrar a carreira, recebeu um convite do Atlético Paranaense e não resistiu. Ao lado do zagueiro Bellini (outro bicampeão mundial) e do ex-santista Dorval, levou o clube do quase rebaixamento, no ano anterior, ao vice-campeonato paranaense de 1968.

Jogou ainda a tempo de ganhar seu último título estadual (1970) pelo rubro-negro, se tornando posteriormente treinador do próprio Atlético. Depois, Djalma Santos se tornou funcionário da Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo de Uberaba, em Minas Gerais, onde coordenou a escolinha de futebol da cidade.

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