As
investigações realizadas pela Polícia Civil confirmaram que o garoto
Lucas Pereira da Silva, de 11 anos de idade, foi assassinado pelo
agricultor José Júnior Silvano Santos, com a ajuda de Maria da Conceição
Pereira do Nascimento, 31 anos, mãe do menino. O garoto foi morto
porque flagrou o casal se beijando e passou a questionar a mãe sobre o
romance escondido.
De
acordo com a explanação do delegado regional Marcos Paulo Vilela, da 2ª
DRPC, em Campina Grande, no dia 28 de maio, por volta das 14h30, Maria
da Conceição e José Junior levaram Lucas para uma casa abandonada na
zona rural de São Sebastião de Lagoa de Roça.
“Foram
os três na motocicleta: ela pilotando, o menino no meio e José Junior
atrás”, detalhou Marcos Paulo, com base nos depoimentos dos acusados,
segundo os quais, chegando ao local, Maria ficou na motocicleta,
enquanto José Júnior se dirigiu para dentro do imóvel com Lucas, que não
desconfiou de nada. Lá dentro da casa, a criança foi assassinada por
asfixia e deixada embaixo de uma sinuca que havia no local. “O local
para matar Lucas não foi escolhido por acaso. José Junior já trabalhou
no sítio e conhecia muito bem a movimentação do setor”, disse Marcos
Paulo.
Após
matar o menino, o casal saiu do local, mas acabou sendo visto por uma
testemunha que foi fundamental nas investigações policiais. “Essa
pessoa, que obviamente não vou citar o nome, chegou a conversar com
Maria e José Junior, oferecendo-lhes gasolina, já que a moto estava
faltando combustível na hora em que eles iam embora sem o menino. A
testemunha nos disse que José Junior estava um pouco nervoso, ao passo
em que Maria não esboçava qualquer comportamento suspeito”, acrescentou o
delegado.
Nos
dias seguintes, a mãe de Lucas passou a informar o desaparecimento do
menino e a procurar pelo seu filho com a ajuda da Polícia Militar, porém
nunca levava os policiais ao local onde o garoto foi encontrado morto.
“Na verdade, ela estava mesmo era dificultando o trabalho da polícia”,
afirmou Vilela. O corpo de Lucas foi encontrado nessa segunda-feira (3),
na mesma casa onde a criança foi assassinada.
Ouvida
pelos delegados Júlio e Patrícia, de Alagoa Nova, Maria da Conceição
passou à condição de suspeita, por apresentar diversas contradições no
depoimento que deu às autoridades policiais. Ela e seu amante foram
indicados por homicídio triplamente qualificados e ocultação de
cadáver.
Relação familiar –
A Polícia Civil apurou ainda que o pai biológico de Lucas é deficiente
mental e está internado. Maria da Conceição vivia conjugalmente com um
irmão do pai do menino, ou seja, um tio de Lucas, motivo este que levou o
garoto a questionar o romance da mãe com o agricultor José Junior.
Troca
de acusações – Durante entrevista coletiva concedida na manhã desta
quarta-feira (5) na sede da 2ª DRPC, Maria da Conceição admitiu que
tinha um romance com José Junior, mas negou ter participação no
homicídio do filho. No mesmo instante, seu companheiro reafirmou diante
da imprensa que Maria está diretamente envolvida na morte de Lucas,
mantendo, portanto, a versão que deu em todos os depoimentos à Polícia
Civil.
Folha do Sertão
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