A cirurgia de quatro horas no crânio de Roona Begum aconteceu em um hospital perto de Nova Délhi, onde no mês passado os cirurgiões drenaram o fluído que havia no interior da cabeça da menina, em uma operação de vida ou morte, afirmou o neurocirurgião Sandeep Vaishya.
— A cirurgia de hoje foi a maior realizada em termos de remodelação da cabeça. Penso que saiu bem.
Roona nasceu com hidrocefalia, doença que provoca acúmulo de fluído no cérebro.
A enfermidade fez com que sua cabeça virasse uma circunferência de 94 centímetros, pressionando o cérebro e impossibilitando a menina de sentar ou engatinhar. A operação foi realizada em um hospital dirigido pela organização privada Fortis Healthcare Group.
A cirurgiã plástica Rashmi Taneja, que trabalhou com Vaishya na operação, disse à AFP que nunca havia enfrentado um caso como o de Roona.
Os médicos fizeram pequenos orifícios nos ossos separados do crânio em consequência da pressão do fluido, os aproximaram e juntaram, para garantir que os tecidos do interior ficassem completamente cobertos pelos ossos.
Roona vive em um vilarejo com seus pais, que são muito pobres para pagar o tratamento. A operação foi financiada com doações internacionais, incluindo 57.000 dólares arrecadados por dois estudantes noruegueses em uma campanha pela internet.
AFP
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