A abertura oficial está prevista para as 8h deste sábado (8), no Parque Arruda Câmara (Bica), em parceria com a Prefeitura Municipal de João Pessoa. O evento contará com a participação da turma do Zé Gotinha, pula-pula, entre outras atrações. A entrada no dia do evento será gratuita para crianças e acompanhantes. Em todo o Estado a campanha irá contar com 2.377 mil postos de vacinação e com a participação de 6.650 pessoas. No ano passado, 295.190 mil crianças foram vacinadas, o que representa 97,95% da população-alvo. O índice superou a meta prevista de 95%.
Isiane Queiroga explicou que o objetivo da campanha é manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para erradicação da Pólio com altas coberturas vacinais com homogeneidade e mantendo a adequada vigilância das Paralisias Flácidas Agudas. “A vacina confere proteção contra os três sorotipos do poliovírus (1, 2 e 3), tendo eficácia em torno de 90 a 95% com a administração de três doses”, explicou Isiane Queiroga.
Ela garante que não há contra indicações absolutas para esta vacina. Porém orienta adiar a aplicação nas seguintes situações: pessoas portadoras de infecções agudas, com febre acima de 38ºC; com hipersensibilidade conhecida a algum componente da vacina (estreptomicina ou eritromicina); reação anormal a esta vacina em anos anteriores; imunidades deficientes (tratamento com imunossupressores ou de outra forma adquirida ou com deficiência imunológica congênita) e com história de paralisia flácida associada à vacina, após dose anterior da vacina.
A vacinação contra a paralisia infantil é administrada via oral, e é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) durante todo o ano nos postos de saúde para as vacinações de rotina. O Ministério alerta que todas as crianças menores de 5 anos tomem as duas doses da vacina durante a Campanha Nacional, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente. A orientação é para que os pais ou responsáveis procurem informações junto à Secretaria de Saúde do seu município para saber sobre locais de vacinação e horário de funcionamento.
Segundo o Ministério da Saúde, durante o dia de vacinação contra a poliomielite equipes de saúde aproveitam para atualizar o cartão de vacinas da criança, com vacinas contra doenças como coqueluche, sarampo, difteria, rubéola, tétano e rotavírus. A atualização de vacinas ocorre apenas em postos fixos.
Eficácia - A chefe do Núcleo de Imunização da Paraíba afirma que a vacina é uma forma segura e eficaz de ficar imunizado contra determinadas doenças. Mas não é só por isso que manter o cartão de vacinas atualizado é tão importante. “Se a gente pensar direitinho, a vacina pode ser considerada um ato cívico, já que uma pessoa imunizada tem menos chances de transmitir doenças para a sua comunidade”, comentou Isiane Queiroga.
Ela lembra que a prevenção e erradicação de doenças foram possíveis graças à utilização massiva da vacina, a exemplo da varíola, que foi erradicada no mundo inteiro, e da paralisia infantil, erradicada da América. A estimativa é de que as vacinas impedem 3 milhões de mortes por ano em todo o mundo.
Para os bebês, a importância é ainda maior. Como não possuem o sistema imunológico formado, eles têm mais chances de contrair doenças, e é por esse motivo que há vacinas também para recém-nascidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil está livre do vírus causador da pólio desde 1989, quando o último caso da doença foi registrado na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) o certificado de eliminação da poliomielite. No entanto, enquanto houver circulação do vírus em qualquer região do mundo é necessário continuar com a vacinação.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave, causada e transmitida por um vírus (o poliovírus). A contaminação se dá principalmente por via oral. Na maioria das vezes, a criança não morre quando é infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores.
Secom-pb
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