A
Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) ingressou no Supremo Tribunal
Federal (STF) com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a
Resolução Nº 23.389/2013 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que
reduz o número de deputados federais e estaduais da Paraíba.
A
ADI de número 4965 ficou sob a relatoria da ministra Rosa Weber e tem o
objetivo de suspender os efeitos da Resolução do TSE, que provocou a
redução de vagas nas Casas Legislativas. O recurso pede ainda que a
decisão sobre número de parlamentares fique sob a responsabilidade do
Congresso Nacional.
O
presidente da ALPB, deputado estadual Ricardo Marcelo, lembrou que a
Casa sempre esteve presente em todas as discussões sobre a resolução.
“Nós participamos da audiência com a ministra Nancy Andrighi, relatora
da resolução que provocou as mudanças, em Brasília, e estamos em contato
permanente com os outros estados que foram prejudicados com a decisão.
Vamos entrar com todos os recursos necessários e estamos certos da
reformulação dessa decisão”, disse.
Ricardo
Marcelo destacou ainda que para a Paraíba é muito ruim perder seis
parlamentares estaduais, pois a representatividade da população acaba
comprometida. “Além disso, perderemos recursos em emendas com a redução
de dois deputados federais”, disse.
Mandado
de Segurança - Além da ADI, a ALPB vai ingressar com um Mandado
Segurança pedindo a reformulação da decisão do TSE que entendeu por não
acolher o pedido da Assembleia de se tornar parte passiva interessada na
ação que visava a mudança da representatividade de parlamentares.
De
acordo com o procurador da Assembleia, Abelardo Jurema Neto, a ministra
Carmem Lucia, presidente do TSE e membro do STF, disse que não entendia
como a ALPB não podia fazer parte em uma ação onde ela seria
prejudicada ao ter a redução de deputados estaduais e federais.
Redução
- Com a decisão do TSE, a Paraíba perde duas cadeiras na Câmara dos
Deputados passando dos atuais 12 para 10. A decisão também afeta as
Assembleias Legislativas dos estados e, no caso da paraibana, a
representação cai de 36 para 30 parlamentares.
As
vagas de parlamentares estaduais foram recalculadas após uma nova
definição nas bancadas federais, em virtude da análise de um pedido,
feito pela Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, que foi
deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por maioria, na sessão
do dia 9 de abril deste ano.
De
acordo com a resolução, que levou em conta a Lei Complementar nº
78/1993 e os novos dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) com relação à população brasileira por
Estado a partir do Censo de 2010, para a legislatura que se iniciará em
2015 o Pará é o Estado que mais cresce em bancada na próxima
Legislatura, ganhando quatro cadeiras (passando de 17 para 21). O Ceará e
Minas Gerais terão mais duas cadeiras cada um, o Amazonas e Santa
Catarina aumentam sua respectiva bancada em um deputado federal.
Já
os Estados da Paraíba e Piauí sofrem a maior redução de bancada. Perdem
dois deputados federais cada um. Já Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro,
Espírito Santo, Alagoas e Rio Grande do Sul perdem um deputado na
Câmara na próxima legislatura.
No
caso das Assembleias Legislativas e Câmara Distrital, no total, o
número de integrantes diminuiu de 1.059 para 1.049, sendo que alguns
Estados ganharam novas vagas de deputados e outros perderam. Os Estados
da Paraíba e Piauí tiveram as maiores perdas, cada uma de seis
parlamentares. Paraíba de 36 para 30, e Piauí de 30 para 24.
A
Assembleia Legislativa do Pará ganhou quatro integrantes, o Amazonas
três, Ceará e Minas Gerais dois, e mais um para os Estados de Santa
Catarina e Paraná.
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