O
policial civil de Pernambuco, Severino Ramos da Silva, 49 anos, foi
preso em flagrante na noite desta quarta-feira (15) sob a acusação de
manter sob cárcere privado, durante dois anos, Mauricélia Marina da
Silva, 27 anos, e os quatro filhos dela, com idades entre 4 e 10 anos. A
ação aconteceu logo depois que a Polícia Civil da Paraíba resgatou as
vítimas da residência do comissário pernambucano, na praia de Acaú, em
Pitimbu, no Litoral Sul paraibano.
A
polícia chegou à mulher e às crianças depois de uma denúncia feita por
Mauricélia ao Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República. O caso foi repassado para a promotoria de
Caaporã e para a delegacia de Pitimbu, que contou com o auxílio da
Gerência Inteligência da Secretaria da Segurança e da Defesa Social
(Seds) para que ela e as crianças fossem localizadas. “Contávamos apenas
com o número de telefone, já que Mauricélia ligou escondido e foi
surpreendida pelo policial, que desligou”, disse o delegado de Pitimbu,
José Jaime Cavalcante Matos.
De
acordo com o delegado, Mauricélia é natural do Mato Grosso do Sul. Ele
adiantou que em depoimento, a mulher disse que teve um relacionamento
amoroso com o policial e por isso veio para Pitimbu morar com ele. Mas,
chegando, foi impedida de sair de casa e durante esse tempo sofreu
vários tipos de violência, inclusive sexual, segundo revelou o
delegado.
A
mulher e as crianças estão sob proteção do Ministério Público e ainda
nesta quinta-feira (16) ela será submetida a exame de corpo de delito.
Já o preso permanece na Central de Polícia, em João Pessoa, de onde será
transferido para uma unidade prisional. Ele é natural da cidade de
Vicência e trabalhava em Caruaru, ambas as cidades de Pernambuco, apesar
de estar afastado por licença médica.
Folha do Sertão
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