domingo, 12 de maio de 2013

Como novo medicamento, sonho de ser mãe é possível para inférteis


A infertilidade é um problema enfrentado por muitos brasileiros. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), ela atinge 16% de mulheres entre 25 e 49 anos na América Latina e Caribe. Quando a mulher tem mais de 35 anos, as estimativas vão além, e a OMS calcula que um, entre três casais, apresenta problema para conceber. “Um casal pode se considerar infértil após um ano tentando engravidar. Depois desse tempo, é preciso procurar um médico”, recomenda Genevieve Coelho, 42 anos, especialista em reprodução humana.
Segundo ela, as causas da infertilidade podem estar tanto no corpo da mulher quanto no do homem. Por isso, é recomendado que o casal vá junto à consulta.
“Certamente 50% dos casos de infertilidade são de origem masculina e 50% feminina e dentre das causas encontradas nas mulheres destacam-se a tubária, ovariana, idade e a que chamamos de origem desconhecida”, informou a médica. Para auxiliar, portanto a mulher a realizar o sonho de engravidar, exames são solicitados para avaliar qual o melhor tratamento indicado e um novo medicamento, recém lançado no Brasil, promete simplificar o tratamento da infertilidade.
Fabricada pelo laboratório MSD e conhecida comercialmente por Elonva, a alfacorifolitropina tem ação prolongada inovadora e única no mercado. É capaz de contornar algumas situações que podem colocar em risco o resultado da terapia, como os erros na aplicação das injeções para indução da produção de óvulos maduros e o estresse associado ao procedimento de reprodução assistida. “ Esse medicamento estimula os ovários, necessitando apenas de uma aplicação, diferente dos demais tratamentos disponíveis no mercado, até então, que necessitam de injeções diárias. Isto diminui o estresse da aplicação diária bem como erros na aplicação do medicamento pelo pacientes, ocorrendo assim, uma maior adesão ao tratamento”, explicou Genevieve Coelho.
Conheça o mal
A infertilidade é uma doença do sistema reprodutivo definida pela falha em engravidar após 12 meses de relações sexuais regulares sem proteção.
• Cerca 84% dos casais concebem dentro de um ano após o início das relações sexuais regulares sem contracepção. É aconselhado que aqueles que não obtiverem sucesso ao final desse período submetam-se à investigação clínica sobre infertilidade.
• Mulheres com idade superior a 35 anos devem procurar avaliação médica antes mesmo do término de um ano.
• Estima-se que um entre três casais apresente problemas de infertilidade quando a mulher tem mais de 35 anos de idade.
• Há causas variadas para a infertilidade, incluindo deficiência na produção de óvulos ou de espermatozoides e anomalias genéticas ou congênitas, tanto na mulher como no homem.
• A infertilidade também está associada à idade e a certos fatores de risco, como tabagismo, obesidade e estresse.
• Sabe-se que de 20% a 30% dos casos de infertilidade estão relacionados ao parceiro, entre 20% a 35% são associados à mulher, de 25% a 40% das ocorrências apresentam-se como um problema de ambos e, em 10% a 20% dos episódios, nenhuma causa é encontrada.
• Existem vários tipos de tratamento disponíveis para infertilidade: cirurgia, terapia com medicamentos, indução da ovulação e inseminação, entre outros.
Terapia
A estimulação controlada dos ovários é a primeira etapa na maioria dos programas de reprodução assistida para fertilização in vitro e injeção intracitoplasmática de espermatozóides. Confira o passo a passo da terapia:
1. Diagnóstico correto da infertilidade e avaliação da necessidade de terapia de reprodução assistida.
2. Os ovários são estimulados para induzir o desenvolvimento de vários óvulos.
3. Indução do amadurecimento dos óvulos para coleta.
4. Recuperação (coleta) dos óvulos por via vaginal e preparação dos espermatozoides.
5. Fertilização no laboratório.
6. Transferência do embrião ao útero.
7. Constatação e desenvolvimento da gravidez.
8. Nascimento do bebê.

Portal Correio

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