A
infertilidade é um problema enfrentado por muitos brasileiros. De
acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), ela atinge 16% de
mulheres entre 25 e 49 anos na América Latina e Caribe. Quando a mulher
tem mais de 35 anos, as estimativas vão além, e a OMS calcula que um,
entre três casais, apresenta problema para conceber. “Um casal pode se
considerar infértil após um ano tentando engravidar. Depois desse tempo,
é preciso procurar um médico”, recomenda Genevieve Coelho, 42 anos,
especialista em reprodução humana.
Segundo
ela, as causas da infertilidade podem estar tanto no corpo da mulher
quanto no do homem. Por isso, é recomendado que o casal vá junto à
consulta.
“Certamente
50% dos casos de infertilidade são de origem masculina e 50% feminina e
dentre das causas encontradas nas mulheres destacam-se a tubária,
ovariana, idade e a que chamamos de origem desconhecida”, informou a
médica. Para auxiliar, portanto a mulher a realizar o sonho de
engravidar, exames são solicitados para avaliar qual o melhor tratamento
indicado e um novo medicamento, recém lançado no Brasil, promete
simplificar o tratamento da infertilidade.
Fabricada
pelo laboratório MSD e conhecida comercialmente por Elonva, a
alfacorifolitropina tem ação prolongada inovadora e única no mercado. É
capaz de contornar algumas situações que podem colocar em risco o
resultado da terapia, como os erros na aplicação das injeções para
indução da produção de óvulos maduros e o estresse associado ao
procedimento de reprodução assistida. “ Esse medicamento estimula os
ovários, necessitando apenas de uma aplicação, diferente dos demais
tratamentos disponíveis no mercado, até então, que necessitam de
injeções diárias. Isto diminui o estresse da aplicação diária bem como
erros na aplicação do medicamento pelo pacientes, ocorrendo assim, uma
maior adesão ao tratamento”, explicou Genevieve Coelho.
Conheça o mal
A
infertilidade é uma doença do sistema reprodutivo definida pela falha
em engravidar após 12 meses de relações sexuais regulares sem proteção.
•
Cerca 84% dos casais concebem dentro de um ano após o início das
relações sexuais regulares sem contracepção. É aconselhado que aqueles
que não obtiverem sucesso ao final desse período submetam-se à
investigação clínica sobre infertilidade.
• Mulheres com idade superior a 35 anos devem procurar avaliação médica antes mesmo do término de um ano.
• Estima-se que um entre três casais apresente problemas de infertilidade quando a mulher tem mais de 35 anos de idade.
•
Há causas variadas para a infertilidade, incluindo deficiência na
produção de óvulos ou de espermatozoides e anomalias genéticas ou
congênitas, tanto na mulher como no homem.
• A infertilidade também está associada à idade e a certos fatores de risco, como tabagismo, obesidade e estresse.
•
Sabe-se que de 20% a 30% dos casos de infertilidade estão relacionados
ao parceiro, entre 20% a 35% são associados à mulher, de 25% a 40% das
ocorrências apresentam-se como um problema de ambos e, em 10% a 20% dos
episódios, nenhuma causa é encontrada.
•
Existem vários tipos de tratamento disponíveis para infertilidade:
cirurgia, terapia com medicamentos, indução da ovulação e inseminação,
entre outros.
Terapia
A
estimulação controlada dos ovários é a primeira etapa na maioria dos
programas de reprodução assistida para fertilização in vitro e injeção
intracitoplasmática de espermatozóides. Confira o passo a passo da
terapia:
1. Diagnóstico correto da infertilidade e avaliação da necessidade de terapia de reprodução assistida.
2. Os ovários são estimulados para induzir o desenvolvimento de vários óvulos.
3. Indução do amadurecimento dos óvulos para coleta.
4. Recuperação (coleta) dos óvulos por via vaginal e preparação dos espermatozoides.
5. Fertilização no laboratório.
6. Transferência do embrião ao útero.
7. Constatação e desenvolvimento da gravidez.
8. Nascimento do bebê.
Portal Correio
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