Aconteceu neste domingo (25/11/2012), as celebrações alusivas a o IV ano
das comemorações do dia da “consciência negra”, na localidade conhecida
como Serra Feia, instinto quilombo da zona rural da cidade de Cacimbas
interior da Paraíba. O evento contou com a presença de autoridades dos
diversos setores da sociedade civil organizada e de lideranças
comunitárias.
A equipe organizadora preparou uma vasta programação com cartazes, pinturas, painéis, danças, comidas típicas, músicas, registros fotográficos, relatos de experiências, além de exposição da historia de origem da referida comunidade e também objetos antigos, plantas com propriedades medicinais, jogos, artesanato e outras formas de manifestações da cultura popular.
Durante a palestra proferida por José de Anchieta da cidade de Patos, ele fez uma retrospectiva, onde destacou a evolução do referido lugar, associando esses avanços as parcerias com outras instituições e união daquele povo que resiste às diversas formas de discriminações e injustiças sociais.
“lembro-me dos nossos primeiros encontros nessa comunidade que aconteciam a o ar livre, embaixo de uma árvore conhecida popularmente por tambor, sei que não é nada fácil, mas atualmente os resultados vêm acontecendo graças as nossas lutas”, destacou o palestrante.
Anchieta apresentou um painel fotográfico com diversas fotografias de líderes negros, a exemplo de Zumbi dos Palmares, e aproveitou para falar da importância da mão de obra escrava para a construção do Brasil colônia, bem como atualmente. Geraldo Alves Teixeira, presidente da associação da comunidade Serra Feia falou dos sofrimentos e das lutas cotidianas que todos enfrentam no combate a estereótipos e diversas formas de racismo e discriminação, além da falta de alta aceitação por parte dos próprios moradores desde 2009, data oficial que foram reconhecidos como sendo remanescentes de quilombos.
O presidente da Central das Associações Comunitárias do município de Cacimbas, o professor Gilberto Nunes, parabenizou a comunidade de Serra Feia e elogiou os trabalhos organizados pelos profissionais da Escola Municipal Joaquim Cassiano Alves e desenvolvidos por alunos e membros da referida localidade.
“A cor negra é predominante e ser de cor escura, não significa ser incapaz nem pertencer a uma cultura inferior, com a realização de um evento dessa natureza, vemos que todos são capazes de fazer e apresentar a própria história”, disse o líder.
Gilberto ainda solicitou dos representantes do poder legislativo e do executivo municipal, que incluam no orçamento participativo do próximo ano projetos de leis com verbas exclusivas que contemplem aquela comunidade.Já o diretor Vamberto Ferreira da Silva, defende que seja instituído no dia 20 de novembro de todos os anos o feriado municipal em reconhecimento as lutas e aos esforços do líder Zumbi dos Palmares, e de outros negros, cujo movimento é denominado “Dia da Consciência Negra”, como já ocorre em diversos lugares do país.
O parlamentar Antônio de Pádua classificou as reivindicações como positivas, mas disse que precisa de muitos debates e de um envolvimento maior por parte dos próprios moradores e do poder público municipal juntamente com outros órgãos competentes. José Arruda Cruz (Juza), representante do gestor municipal, seguiu o mesmo entendimento e pediu mais empenho da comunidade na busca de novas conquistas.
As coordenadoras pedagógicas, Claudevânia Santos e Socorro Holanda, defendem uma adaptação no curriculum escolar, para que os conteúdos contemplem a realidade dos estudantes da referida comunidade. Elas contaram das lutas e dos desbravamentos enfrentados no início para que a comunidade fosse realmente reconhecida como remanescente de quilombos. As educadoras falaram das dificuldades que a equipe enfrentou para realizar o evento deste ano, com a falta de recursos e os impactos da seca.
A professora Rosenilda Marques, visitou a comunidade da Serra Feia pela primeira vez e se sentiu vislumbrada com as pessoas, seus costumes e os espaços ali observados, ela destaca o trabalho e o empenho da equipe organizadora do evento pela forma como os temas foram trabalhados. A professora acredita que não há dificuldades que não sejam superadas quando se tem força de vontade e acredita que é possível se fazer educação de forma contextualizada e integrada.
Veja as Fotos:
A equipe organizadora preparou uma vasta programação com cartazes, pinturas, painéis, danças, comidas típicas, músicas, registros fotográficos, relatos de experiências, além de exposição da historia de origem da referida comunidade e também objetos antigos, plantas com propriedades medicinais, jogos, artesanato e outras formas de manifestações da cultura popular.
Durante a palestra proferida por José de Anchieta da cidade de Patos, ele fez uma retrospectiva, onde destacou a evolução do referido lugar, associando esses avanços as parcerias com outras instituições e união daquele povo que resiste às diversas formas de discriminações e injustiças sociais.
“lembro-me dos nossos primeiros encontros nessa comunidade que aconteciam a o ar livre, embaixo de uma árvore conhecida popularmente por tambor, sei que não é nada fácil, mas atualmente os resultados vêm acontecendo graças as nossas lutas”, destacou o palestrante.
Anchieta apresentou um painel fotográfico com diversas fotografias de líderes negros, a exemplo de Zumbi dos Palmares, e aproveitou para falar da importância da mão de obra escrava para a construção do Brasil colônia, bem como atualmente. Geraldo Alves Teixeira, presidente da associação da comunidade Serra Feia falou dos sofrimentos e das lutas cotidianas que todos enfrentam no combate a estereótipos e diversas formas de racismo e discriminação, além da falta de alta aceitação por parte dos próprios moradores desde 2009, data oficial que foram reconhecidos como sendo remanescentes de quilombos.
O presidente da Central das Associações Comunitárias do município de Cacimbas, o professor Gilberto Nunes, parabenizou a comunidade de Serra Feia e elogiou os trabalhos organizados pelos profissionais da Escola Municipal Joaquim Cassiano Alves e desenvolvidos por alunos e membros da referida localidade.
“A cor negra é predominante e ser de cor escura, não significa ser incapaz nem pertencer a uma cultura inferior, com a realização de um evento dessa natureza, vemos que todos são capazes de fazer e apresentar a própria história”, disse o líder.
Gilberto ainda solicitou dos representantes do poder legislativo e do executivo municipal, que incluam no orçamento participativo do próximo ano projetos de leis com verbas exclusivas que contemplem aquela comunidade.Já o diretor Vamberto Ferreira da Silva, defende que seja instituído no dia 20 de novembro de todos os anos o feriado municipal em reconhecimento as lutas e aos esforços do líder Zumbi dos Palmares, e de outros negros, cujo movimento é denominado “Dia da Consciência Negra”, como já ocorre em diversos lugares do país.
O parlamentar Antônio de Pádua classificou as reivindicações como positivas, mas disse que precisa de muitos debates e de um envolvimento maior por parte dos próprios moradores e do poder público municipal juntamente com outros órgãos competentes. José Arruda Cruz (Juza), representante do gestor municipal, seguiu o mesmo entendimento e pediu mais empenho da comunidade na busca de novas conquistas.
As coordenadoras pedagógicas, Claudevânia Santos e Socorro Holanda, defendem uma adaptação no curriculum escolar, para que os conteúdos contemplem a realidade dos estudantes da referida comunidade. Elas contaram das lutas e dos desbravamentos enfrentados no início para que a comunidade fosse realmente reconhecida como remanescente de quilombos. As educadoras falaram das dificuldades que a equipe enfrentou para realizar o evento deste ano, com a falta de recursos e os impactos da seca.
A professora Rosenilda Marques, visitou a comunidade da Serra Feia pela primeira vez e se sentiu vislumbrada com as pessoas, seus costumes e os espaços ali observados, ela destaca o trabalho e o empenho da equipe organizadora do evento pela forma como os temas foram trabalhados. A professora acredita que não há dificuldades que não sejam superadas quando se tem força de vontade e acredita que é possível se fazer educação de forma contextualizada e integrada.
Veja as Fotos:
Com Blog Olavo Silva
Crédito das fotos: Olavo
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