Um
comportamento frio e calculista. Foi assim que o delegado responsável
pelas investigações classificou o acusado de matar e enterrar a
adolescente Fernanda Ellen, de 11 anos, que havia desaparecido desde o
dia 7 de janeiro deste ano. Em um passo a passo sobre o que relatou o
acusado, o delegado de Polícia Civil Aldrovilli Grisi Dantas deu
detalhes da confissão do vizinho, que surpreenderam pela ousadia do
criminoso.
Conforme
a confissão descrita pelo delegado, o vizinho da vítima já residia há
pelo menos três anos no bairro e já convivia com a família da
adolescentes, portanto, não era tido como uma ameaça, tanto é que no dia
do crime Jefferson de Oliveira viu a garota se aproximando da casa dela
e a interceptou inocentemente.
Ele
disse: “Fernanda vem aqui, por favor,” e a garota prontamente, sem
desconfiar, se dirigiu até o vizinho. Nesse momento, o acusado pediu o
dinheiro da garota. “Ele disse, Fernanda me dê seu dinheiro e ela, já
amedrontada, disse - ‘me deixe ligar para meu avô que ele vai lhe dar o
dinheiro”, relatou.
Ainda
conforme a confissão do acusado relatada pelo delegado, o vizinho não
gostou da resposta da garota e arrebatou o celular do bolso dela e
disse: "Vcê está sequestrada".
Nesse
momento Fernanda começou a gritar e o vizinho, com receio que os outros
vizinhos escutassem os gritos, deu uma gravata na jovem até que ela
desfalecesse.
O
acusado não confessou nenhuma violência sexual, mas relatou que
escondeu a menina debaixo da cama de casal e escondeu o celular da
garota dentro de um urso de pelúcia que havia na casa. Logo após o ato, o
acusado disse que voltou ao convívio normal.
Como
a esposa do casal chegou à residência, o acusado não teve como se
desfazer do corpo no momento em que matou Fernanda Ellen. Quando a
mulher deixou a casa para dormir com a mãe, ato que fazia
cotidianamente, já que o esposo trabalhava durante a noite, o acusado
resolveu empacotar o corpo em um saco para jogá-lo em algum matagal,
porém foi surpreendido por uma grande movimentação de policiais na rua
que já investigavam a denúncia sobre o sumiço da adolescente.
Com
medo de ser descoberto, o vizinho então resolveu enterrar a garota no
quintal de casa. Isso aconteceu dois dias após o sumiço de Fernanda
Ellen.
O
vizinho cavou até uma profundidade de um joelho de uma pessoa com
estatura mediana e retirou a sandália e o shorte da garota e, quando
iria tirar o resto das roupas, ouviu o barulho de uma vizinha e resolveu
enterrar Fernanda com uma blusa e uma calcinha. O shorte e a sandália
foram jogados no lixo para despistar as investigações da polícia.
O
acusado voltou a colocar o corpo de Fernanda semi-nu em um saco e a
soterrou. No local também morava uma cadela de estimação que a todo
momento queria cavar o buraco onde a jovem havia sido enterrada e o
acusado resolveu limitar o trânsito do bicho apenas ao terraço da casa.
Foto do Assassino da menina - Por: Aguinaldo Mota

De
posse do celular de Fernanda e da quantia de R$ 200 reais, que ele
havia recebido de um serviço como pedreiro, o acusado então se dirigiu
até o centro da cidade, comprou cinco pedras de crack e encontrou uma
usuária de drogas para saber onde poderia comprar mais.
A
usuária foi abordada pelo individuo e se dirigiu até uma pousada na Rua
da Areia que serve apenas para consumo de drogas. Lá, ele consumiu os
entorpecentes e, quando o dinheiro acabou, ele trocou o celular por
droga. “Ele trocou a vida de Fernanda por quatro pedras de crack”,
lamentou o delegado.
Após o uso de umas 20 pedras, o acusado retornou para residência e dormiu como se nada tivesse acontecido.
“Até
ontem o desejo dele era que ninguém soubesse do corpo, porém a esposa
já suspeitava da conduta do marido e com as investigações da política o
mistério chegou ao fim”, disse.
Ainda
conforme o delegado, o crime de estupro não está descartado. “Perícias
serão realizadas, pois esse caso ainda não chegou ao fim”, finalizou.
Folha do Sertão
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